quarta-feira, 5 de agosto de 2015

CRÍTICA







QUARTETO FANTÁSTICO 2015 | CRÍTICA 
 (por Lúcio Luiz)

Pra muitos já era evidente que não me empolgava nem um pouco o fato dos quatro heróis do Fantastic Four (Quarteto Fantástico) serem “rebootados “  e chegarem numa nova versão às telonas. Para mim era a mesma senhora Fox fazendo filmes de Heróis da Marvel e que, por mais que se esforcem, jamais teria um resultado tão grandioso quanto o merecido e esperado pelos fãs sejam de qual mídia eles forem....




Pois bem, ontem eu e parte da Equipe Cine Club tivemos a oportunidade de conferir esse longa, que só chega aos cinemas amanhã (06/08), mas devido um embargo que sofremos por parte da Fox, onde só poderíamos divulgar qualquer coisa sobre o filme à partir das 18 horas, preferi deixar minha crítica pra hoje e ter tempo de analisar o longa de 2005 para fazer as minhas comparações. Análise feita, vamos a crítica!

Do ponto de vista comparativo, considero o novo filme bem melhor que o seu antecessor (o de 2005). O roteiro de Simon Kinberg, Jeremy Slater e Josh Trank, que também dirige o filme, é mais sombrio, ao mesmo tempo em que retrata a relação de amizade existente desde a infância entre Reed Richards e Ben Grimm (Miles Teller  e Jamie Bell, nas versões adultas) e dos irmãos Susan e Johnny Storm (Kate Mara e Michael B. Jordan) com o pai Franklin Storm vivido por Reg E. Cathey, aproximando os personagens do público, o que são pontos positivos.

O problema é que o longa se prende muito em estabelecer essas relações e em tornar crível o papel de cada um na trama, o que leva o primeiro ato do filme de promissor à no mínimo entediante, e isso se segue até o ato conclusivo. Aliado a isso vem o fato dos atores não trazerem tanto carisma aos seus personagens. Gosto do Miles Teller, ele até consegue passar pro espectador a ideia do peso que ele carrega pela transformação dos amigos (principalmente do Ben no “O Coisa”), mas o grupo junto não consegue convencer como super cientistas na casa dos seus 18 pra 20 anos.

Por falar em atos, era visível perceber quantas vezes, durante a exibição, eu olhei pro relógio afim de pontuar cada um deles (Filipe, na poltrona ao lado, que o diga). Podemos dizer que o filme, com seus 100 minutos de duração, passou 45 minutos explorando os personagens, a descoberta de uma zona interdimensional e a criação de uma máquina que pudesse leva-los até ela (em seu primeiro ato), 35 minutos para mostrar a descoberta das habilidades do grupo e como ou em quê poderiam ser usadas tais habilidades (no seu segundo ato) e um ato final com 20 minutos, e onde estão as poucas cenas de ação. Isso pode incomodar muito daqueles que vão esperando ver sequências de ação incríveis.

O que também não está nada incrível no filme é o vilão, muito mal aproveitado, e seus efeitos visuais mal finalizados e nada críveis, principalmente os da Sue Storm e numa pequena sequência entre o Sr. Fantástico e Dr. Destino lá no finalzinho, onde você para e pensa: “putz, ficou feio!”. Destaque para “O Coisa”, que ficou bem real e melhor que o anterior.

No final, ficou parecendo que a Fox sabia do potencial que tinha nas mãos, mas preocupou-se apenas em fazer uma introdução (mesmo que não empolgante) para algo que ainda esteja por vir. Será?

Um comentário:

  1. Adorei a crítica. Assisti o filme hoje a noite e também achei fraquinho. Vai ter outras críticas?

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