O cinema perdeu um de seus maiores nomes na manhã desta quinta-feira, 2 de abril. Morreu aos 106 anos o diretor português Manoel de Oliveira. Ao longo de 84 anos de carreira (sim, 84 anos), ele colecionou 60 filmes e prêmios nos festivais de Cannes, Berlim e Veneza.
Estreou no cinema em 1931, com o curta de documentário Douro, Faina Fluvial. O primeiro longa veio 11 anos depois, com Aniki-Bobó. Ao longo dos anos, realizou obras cultuadas como Francisca (1981), A divina comédia (1991), Vou Para Casa (2001) e Um filme falado (2003).
Em 2006, realizou Sempre Bela, continuação para o clássico de Luis Buñuel, A Bela da Tarde.
Ao longo dos anos, dirigiu alguns dos principais nomes do cinema europeu, como Catherine Deneuve. Seu último filme foi em O Velho do Restelo (2014).
Por anos, Manoel de Oliveira foi presença constante na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que premiou filmes como Os Canibais (1988), Vale Abraão (1993) e Vou Para Casa (2001). Filmou até o fim da vida e nos últimos tempos lamentou a dificuldade de obter financiamento para novos projetos.
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