sábado, 4 de junho de 2011

CRÍTICA - X-Men: Primeira Classe

X-Men: Primeira Classe (X-Men: First Class, 2011)

Estréia: 03 de Junho de 2011
Diretor: Matthew Vaughn
Elenco: James McAvoy, Michael Fassbander, Alice Eve, Kevin Bacon, Nicholas Hoult, Jennifer Lawrence, January Jones, Rose Byrne, Jason Flemyng, Oliver Platt
Duração: 132 min.
Gênero: Ação
Classificação: 12 anos

Sinopse:
Antes de Charles Xavier (James McAvoy) e Erick Lensherr (Michael Fassbender) se tornarem o Professor X e Magneto, respectivamente, eles eram dois jovens que estavam descobrindo seus poderes como mutantes. Amigos íntimos, trabalham juntos e com outros mutantes na tentativa de deterem uma ameaça global. Neste processo, porém, os jovens mutantes derem início à rivalidade que os acompanhou pelo resto de suas vidas.


CRÍTICA:
X-Men: Primeira Classe é a nova empreitada dos mutantes. Depois de ganhar ares de ficção-científica com Bryan Singer (em 2000 e 2003), fazer muito barulho com Brett Ratner (em 2006) e mostrar a origem de Wolverine (2009), a franquia X-Men caiu nas mãos de Matthew Vaughn (Kick-Ass), que deu a produção um ar de thriller de espionagem, e ainda trouxe de volta o subtexto do preconceito, uma das razões do sucesso das produções de Bryan Singer.

Esperto em não negar o histórico da franquia, Vaugh começa Primeira Classe com a mesma cena que abriu o primeiro X-Men em 2000: num campo de concentração, o jovem Erik Lensherr demonstra, involuntariamente, seus poderes ao ser separado da mãe. Do outro lado do mundo, um Charles Xavier ainda criança acolhe uma assustada Mística e passa a tratá-la como irmã. O paralelo entre esses dois personagens vai pautar todo o filme, e James McAvoy e Michael Fassbender conseguem pintar com novas cores personagens já tão conhecidos. Enquanto Charles (McAvoy) cresce para se tornar um Professor bem-intencionado, mas um tanto ingênuo, Erik (Fassbender) carrega as marcas das crueldades a que foi submetido.E é Erik quem carrega a primeira parte do filme nas costas. Vingativo, ele viaja meio mundo atrás de Sebastian Shaw (Kevin Bacon), o mutante responsável pelos tormentos que ele passou no campo de concentração.

Shaw, por outro lado, planeja desencadear a terceira guerra mundial para destruir uma boa parte da raça humana, abrindo espaço para a soberania mutante. Essa é a parte mais fantasiosa de X-Men: Primeira Classe, com Shaw exercendo uma influência pouco crível sobre os líderes mundais. Ou talvez seja só por causa de Kevin Bacon, que aparece pouco interessante perto da ótima January Jones, como Emma Frost. Jones se destaca como uma telepata sexy e fria, e é a melhor surpresa do filme, que conta com mutantes pouco envolventes como Anjo e Darwin. A bela Jennifer Lawrence consegue fazer de Mística uma personagem interessante.

Quando investe na ação pesada, algo que acontece nos dois terços finais do filme, Primeira Classe é capaz de apresentar momentos impressionantes, como a invasão de Shaw e seus mutantes ao prédio da CIA, e o sensacional climax da produção, que coloca os mutantes em meio ao fogo cruzado entre russos e americanos.

Para os que estavam com um pé atrás, X-Men: Primeira Classe é uma ótima surpresa, com um roteiro inteligente e direção segura e esperta. Com um final feito para abrir caminho para continuações, X-Men: Primeira Classe deixa claro que o futuro dos mutantes no cinema ainda é longo.

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